3 de julho de 2008

ESTABELECER E RESPEITAR LIMITES


Um livro que me ajudou muito a me sentir no direito de dizer NÃO, de NÃO FAZER somente o que os outros esperam que eu faça, e ouvir minha voz interior mais vezes foi o livro do ANSELM GRUNN, ESTABELECER LIMITES, RESPEITAR LIMITES. Copiei um trecho dele:

"Frequentemente permitimos que as expectativas e os julgamentos dos outros nos determinem. Não assumimos aquilo que julgamos certo. Tão logo a opinião alheia passe a exercer pressão demasiadamente grande, abandonamos o nosso próprio território. Adaptamo-nos em consideração às opiniões alheias, perdendo assim o nosso próprio contorno. Desfazemo-nos . Adaptamo-nos e simultaneamente perdemos o nosso amor-próprio.

Quando nos adequamos por demais às expectativas dos outros, perdemos a sensibilidade em relação àquilo que realmente desejamos. Não estamos mais em contato com o nosso próprio sentimento. Permitimos que o meio externo prescreva como devemos sentir-nos e como agir. Dessa forma, no entanto, nos afastamos cada vez mais de nós mesmos. Admitimos que o outro ultrapasse o nossos limites e determine o nosso terrítório.

É fascinante o quanto Jesus é lúcido e livre. A agressividade permite que ele delimite claramente o seu espaço diante dos fariseus, libertando-se internamente de usa influência. Encontra-se centrado e age conforme o que está em harmonia com o seu estado interno. Ansiamos por esse tipo de clareza e liberdade. Jesus, naturalmente , paga com a vida por essa clarez. Mas harmonia interna lhe é mais cara do que o apoio das massas.

Existe ainda outra cena que demonstra o quanto Jesus age de acordo com uma liberdade interna e não se sente sob a pressão de dar satisfação aos outros. Muitas vezes tentamos nos justificar quando dizemos NÃO a alguma coisa. Nós mesmos nos submetemos a essa pressão, desejando explicar porque não podeoms atender a um pedido no exato momento. Jesus abre mão desse tipo de justificativa. Simplesmente faz o que pensa e quando fala ão admite que os outros lhe imponham algo. Ele mesmo toma a iniciativa. Ao invés de responder às questões dos outros, ele pergunta. Quando nos sentimos pressionados a responder a todas as perguntas, corremos o perigo de ficarmos em saída. Primeiramente nos defendemos e justificamos , percebendo , de repente , que já permitimos aos outros ultrapassarem os nossos limites.Permitimos que eles imponham as regras do jogo. Mas Jesus não. Ele atua de acordo com o seu centro e não tolera que os outros estabeleçam o que ele deva fazer. E também naõ se sente obrigado a justificar suas ações, pelo contrário, devolve aos outros as perguntas impostas por ele, estabelecendo desta forma um limite que não pode ser violado."

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