23 de junho de 2008

LEILA FERREIRA E ADÉLIA PRADO



Minha amiga Leila sabe das coisas....Hoje, entrei no Blog dela, como sempre, e descobrí um super texto, exatamente sobre o que eu havia pensado há algum tempo.
Foi uma "libertação" para minha alma.

Vou fazer uma "chupança" do Blog dela pra vocês se "libertarem" também.

Fiquei me lembrando do que diz Adélia Prado em um de seus poemas: “Erótico é a alma”. Quando o corpo segue scripts ditados pela mídia e desempenha papéis que ele não reconhece, a alma se ausenta. E sexo sem alma (não confundir com sexo sem amor, por favor) é sexo sem avesso – oco, sem ressonância, sexo de superfície. Nós, mulheres, somos mestras em querer seguir cartilhas. Estamos sempre tentando mostrar serviço – seja na empresa, na cama, na sala ou na cozinha. Parece que temos a necessidade de sermos elogiadas, aprovadas, admiradas – fazer tudo certinho. Quando a libido começa a seguir regras que achamos que devemos respeitar, o leite azeda. Não há nada mais incompatível do que regras e libido. Encenar peças entre quatro paredes pra dar de moderna e impressionar o parceiro (que às vezes nem nos impressionou tanto assim) só vai nos afastar do prazer e de nós mesmas. Aí, pra chegar lá naquele paraíso que a Regina Navarro chama de liberdade sexual, em vez de 15 estações, nós vamos ter que parar numas 105. Se desejo extraviado tivesse programa de milhagem, ainda vá lá. Como não é o caso, melhor deixar o teatro de lado e abreviar o caminho.

Bem que tentei encontrar este poema de Adélia Prado na Internet. Lembro da Adélia Prado no monólogo que fui assistir uma vez, com a Fernanda Montenegro, "DONA DOIDA".
Chorei pra valer.

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